sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A importância dos Sistemas de Informação

Um dos grandes desafios dos Sistemas de Informação é assegurar a qualidade e agilidade da informação, imprescindível para as corporações e seus gestores

POR Leandro Orlandini - Administração e Tecnologia


A informação é tudo na administração! Todos confirmam e concordam com essa assertiva. No entanto, é unânime também o conjunto de características necessárias para que esse fundamental "instrumento de trabalho" realmente atenda às necessidades dos gestores: agilidade – disponível no tempo certo e confiabilidade – coesa, correta. E além, precisa ser "certeira", isto é, ágil, confiável e para quem ela realmente será útil.

A computação corporativa tem uma linha evolutiva particular, tendo como uma de suas principais metas, possibilitar que a informação tenha esse conjunto de características, criando novos e melhores instrumentos de apoio à tomada de decisão. Uma prova disso é a tecnologia ERP (Enterprise Resource Planning), que otimiza o tráfego de dados dentro da corporação (on-line), minimiza a manipulação e como conseqüência, assegura uma maior confiabilidade para as informações.

Apesar de sua recente popularização, o conceito dos sistemas integrados não é novidade, ele sempre existiu, mesmo quando a informatização era um sonho distante, afinal, os Sistemas de Informação não dependem de informática ou tecnologia para serem elaborados; eles dependem de conhecimentos administrativos e operacionais. Houve uma época em que a informática era um privilégio para poucos, os equipamentos eram muito caros, havia pouca disponibilidade de mão-de-obra e sua instalação exigia grandes investimentos em infra-estrutura. Mas os Sistemas de Informação sempre existiram, de uma maneira ou outra, os dados eram processados e transformados em informações, ainda que de uma forma muito mais trabalhosa.

A principal vantagem proporcionada pela tecnologia aos Sistemas de Informação é a capacidade de processar um gigantesco número de dados simultaneamente, tornando a disponibilização das informações demandadas, praticamente on-line. Mas de pouco adianta esse potencial se os sistemas (rotinas, processos, métodos) não estiverem muito bem coordenados e analisados. Informatizar sistemas ruins traz novos problemas e nenhuma solução, além de nublar as possíveis causas dessas falhas. Essa situação infelizmente é bastante comum nas empresas, pois existe uma grande confusão sobre análise de sistemas operacionais/corporativos e programação desses sistemas.

A atribuição do desenvolvimento dos sistemas da corporação e sua análise, é uma tarefa que cabe aos administradores, cabendo à área técnica, apenas a automatização/informatização dos sistemas apresentados. Os distribuidores de ERP (SAP, Microsiga, RM Sistemas, Datasul, etc) apresentam essa característica de diferenciação de tarefas e atribuições, o que garante o sucesso da implementação do sistema.

O computador não pensa, apenas realiza as tarefas que lhe são "ensinadas". O desenvolvimento dos Sistemas de Informação, bem como sua análise, devem ser feitos de maneira independente. Uma vez desenvolvidos os processos, resta apenas transmiti-los à máquina. A eficiência dos sistemas não é medida pela informatização, mas pela qualidade e eficiência dos métodos, assegurando a informação desejada, confiável e no tempo certo.

O entendimento dessa diferença (desenvolvimento de Sistema de Informação versus Programação), proporciona a criação de processos/rotinas mais adequados, mais segurança, maior controle, além de possibilitar à empresa, uma análise clara dos benefícios (ou não) que a informatização pode trazer.

Os Sistemas de Informação são peça fundamental para as empresas, não apenas na elaboração de relatórios, mas fazem parte de todos os departamentos e atividades da companhia, desde o simples controle até a confecção de planos estratégicos complexos. Tudo que acontece, todos processos, são regidos por um sistema, que pode ou não ser informatizado. Mais uma vez, deve ser considerada a importância do administrador nesse processo, que é nada menos que vital para a corporação.

Mais do que um modismo, a tecnologia deve ser compreendida como uma ferramenta, um dos diversos métodos para assegurar qualidade, competitividade, redução de custos e principalmente, satisfazer os desejos e anseios dos clientes, que são a verdadeira razão de ser das empresas.


FONTE: http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-14--1646-20050407

ATIVIDADES COMPLEMENTARES


1. Quais as vantagens que uma empresas tem ao implantar o Sistemas de Informação. Responda com base no artigo acima.

2. Como podemos medir a qualidade de um sistema de informação? Exemplifique.

3. Baseado no artigo:
A Importância da Visão Sistêmica para a Introdução dos Sistemas Informatizados nas Organizações
link (http://www.revistatemalivre.com/sistema.html). Defina o que é informação e o que é dado.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Alta disponibilidade em Portais Corporativos: quando implementar?


Portais corporativos caminham rapidamente para a condição de "missão crítica", categoria das tecnologias vitais para o funcionamento das empresas. Logo, precisam estar sempre disponíveis, como nos mostra o colaborador Paulo Roberto Delpizzo neste artigo.

Com o crescimento acelerado do mercado digital em nível global, cada vez mais ouve-se falar em sistemas de missão crítica, alta disponibilidade, cluster, redundância, balanceamento de carga, escalabilidade, etc. Mas quais são as vantagens de um portal corporativo dispor desses artifícios tecnológicos?

Portais corporativos são as vitrines digitais das companhias para o mundo. Assim, a disponibilidade de seu portal pode significar a garantia de uma importante fonte de receita, de um ponto de convergência para novos negócios, do aumento da fidelização de seus clientes, dentre outras vantagens competitivas.

Extremamente versáteis, portais corporativos podem também ser utilizados como poderosas ferramentas de colaboração, de gestão do conhecimento e como interface de acesso a aplicações corporativas. Tudo isso os situa na condição de ferramentas estratégicas indispensáveis para os negócios da empresa.


Alta disponibilidade

Entende-se por sistema de alta disponibilidade aquele resistente a falhas de software, de hardware e de energia. A capacidade de um sistema manter-se no ar mesmo após a ocorrência de graves defeitos é o que o torna seguro e confiável.

Há várias formas de se implementar um sistema em alta disponibilidade, e isso varia de acordo com as necessidades da aplicação, budget disponível para o projeto, etc. Por isso, temos vários artifícios que podem ser adotados e combinados para aumentar a disponibilidade de um sistema:

· Redundância: podemos ter redundância de interfaces de rede, de fontes de alimentação, de processadores, de links de comunicação e de servidores. A redundância é uma peça primordial para sistemas de missão crítica, pois no caso de falha de algum servidor, o sistema continua funcionando normalmente. É como um avião que tem uma de suas turbinas desligadas. Trata-se de uma falha que requer atenção, mas nem por isso o avião cairá.

· Failover: a capacidade de um sistema “saber” como proceder automaticamente (sem intervenção humana) em caso de quaisquer componentes - servidores, rede ou servidor - apresentarem falhas. Por exemplo: em um portal corporativo de missão crítica, como uma extranet de uma grande empresa, caso um usuário esteja autenticado em um sistema de pedidos e um de seus componentes saia do ar, o sistema deverá ser capaz de redirecionar este usuário a outro servidor sem que o usuário perceba.

· Escalabilidade: fator determinante em um projeto planejado para acompanhar o crescimento de uma corporação, é a capacidade de um sistema crescer conforme a demanda. Um portal corporativo de uma empresa com 100 usuários, no dia de seu lançamento, deverá atender as necessidades da empresa quando ela tiver 800 usuários. Isso com a mesma performance e confiabilidade nos próximos oito anos. Para isso, deve-se planejar não só o sistema para atender a essa necessidade, mas também a infra-estrutura envolvida. Então, se no início das operações o portal contava com dois servidores, ao final de oito anos deverá contar com dezesseis.

· Balanceamento de carga: como todas as coisas, um hardware tem o seu limite. Para evitar que haja “gargalos” de CPU, de acesso ao sistema de arquivos ou mesmo à rede, podemos lançar mão dessa tecnologia para distribuir a carga de acesso àquele sistema de maneira uniforme entre os componentes do sistema.

· Cluster: podemos definir cluster como um conjunto de computadores interligados em rede, comunicando-se por meio de seus sistemas de forma que se pareça uma única máquina de grande porte. Cada computador do cluster é chamado de nó ou nodo. Como se percebe, um sistema que conta com redundância, failover, escalabilidade e/ou balanceamento de carga é em sua essência um cluster. Não necessariamente um cluster deve implementar todas essas tecnologias. Conforme mencionado anteriormente, isso vai depender das necessidades requeridas pelo sistema.


Quando e como implantar


A real necessidade de implantar um portal corporativo com alta disponibilidade depende das respostas a certas perguntas. Qual seria o prejuízo causado pela parada operacional de alguns dias no CPD de sua empresa após um incêndio? O investimento necessário para montar e manter uma infra-estrutura paralela de redundância justifica os custos para o seu negócio? Qual o tempo de interrupção considerado aceitável? O portal corporativo de sua empresa é a “alma” do seu negócio?

Se as respostas forem positivas e o tempo de parada aceitável for de apenas alguns minutos, é altamente indicado que você comece a pensar rapidamente na implementação de alta disponibilidade em seu ambiente. Um exemplo clássico de sistemas que já nascem contando com alta disponibilidade são os B2B e B2C, onde a parada dos mesmos traria consequências desastrosas para a corporação.

Diagnosticada a necessidade de alta disponibilidade, o próximo desafio é como implementar este ambiente. Entram aí outras questões bastante importantes. Escolher a estratégia acertada que irá nortear esse processo é crucial para o sucesso do projeto. Mapear a infra-estrutura envolvida nos processos de negócio da companhia, aqueles sem os quais a empresa poderia parar, detalhando cada componente da solução a fim de entender qual a importância de cada um no conjunto, é também fundamental. Atender os níveis de disponibilidade exigidos pelas áreas gestoras dos processos de negócio e o gerenciamento e acompanhamento da carga de acesso aplicada neste ambiente ajudam no planejamento dos próximos passos, caso a demanda venha a aumentar.


ROI

Muitas vezes, as empresas não possuem as métricas necessárias para mensurar quais seriam os investimentos e esforços necessários para garantir a continuidade de seus negócios através da implantação de uma infra-estrutura de alta disponibilidade.

Pois bem, se o faturamento diário dos serviços prestados em seu portal corporativo alcançam R$ 2.000,00 reais ao dia, então o investimento de R$ 100.000,00 na implantação de um ambiente de alta disponibilidade é totalmente injustificado.

Por outro lado, se a empresa fatura R$ 20.000,00 por dia por meio de seu canal eletrônico, um investimento desse montante seria muito bem-vindo para seus gestores, já que garantiria a tranquilidade e conforto da disponibilidade do sistema 24 horas por dia, sete dias por semana nos 365 dias do ano.

Contudo, a viabilidade e necessidade de investir em um ambiente destes devem ser analisadas caso a caso.


Desempenho

O prejuízo causado pela indisponibilidade operacional de portais corporativos e de sistemas em geral não é o único efeito colateral desse que é o pior pesadelo para os administradores de sistema. Mais do que a perda financeira, muitas vezes a imagem de uma empresa é manchada por conta de instabilidade e indisponibilidade de seu sistema. Além disso, como conseqüência de um problema desses a companhia pode perder um cliente para a concorrência.

Portanto, acompanhar o desempenho e a “saúde” da infra-estrutura envolvida em seu portal corporativo e nos demais sistemas é essencial ao sucesso de seu negócio. O planejamento de crescimento da infra-estrutura tecnológica torna-se estratégico para a corporação quando parte de seu faturamento e o relacionamento com seus clientes e fornecedores dependem dela. E, certamente, um sistema de alta disponibilidade estará presente nesse cenário.

Autor: Paulo Roberto Delpizzo

Questões avaliativas:
*** Após fazer a leitura do artigo acima, responda as questões e faça a postagem nesse blog;
*** Deve ser postado nesse blog, com o nome e e-mail da equipe (maximo 3 pessoas);
*** As resposta devem ser debatidas entre a equipe e respondidadas baseadas no texto.

1. Defina o que é sistema de alta disponibilidade.
2. O que são portais corporativos? E quando podem ser implantados na empresas?
3. Cites pontos positivos e negativos do uso de portais corporativos nas empresas?