quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Foto do novo iPod nano

http://yoono.com/I7_2BHcL

Arcade Fire e Google lançam vídeo para demonstrar poder do HTML5



O novo formato HTML5 tem o poder de mudar completamente a experiência multimídia online como a conhecemos.
Quer um exemplo?
A Google fez uma demonstração de uma das possibilidades na segunda-feira (30/08), graças à uma colaboração única com a banda de rock canadense Arcade Fire.
Sob o nome “The Wilderness Downtown”, a parceria resultou em um vídeo musical online com uma experiência totalmente nova. O projeto é baseado em um mashup impressionante do clipe da música “We Used to Wait” em combinação com o uso dos serviços de mapas da Google (Maps e Street View): ao entrar no site, o usuário deve entrar com o endereço de sua casa.
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Depois de carregar, o vídeo começa a ser exibido com imagens do clipe da banda. Alguns segundos depois, novas janelas do navegador são abertas e se movimentam de acordo com o ritmo, adicionando efeitos visuais conforme o tempo vai passando. Tem até uma janela dedicada aos controles de mídia!
A parte mais impressionante do HTML5, porém, vem mais tarde, quando o Google Maps entra em cena, integrando imagens de satélite e das ruas do endereço escolhido inicialmente, com árvores crescendo ao redor da vizinhança. E também há interação: o vídeo pede para que o usuário escreva uma mensagem, que pode ser compartilhada mais tarde, no estilo cartão postal.
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O único problema é que, como o serviço Street View ainda não está disponível no Brasil, não poderemos aproveitar 100% da experiência. Mas, ainda assim, vale a pena conferir. Ah, e só lembrando: este aplicativo em especial faz um uso intensivo dos recursos do seu computador, portanto feche os outros programas antes de visualizar.
Por fim, você pode ver o vídeo musical em qualquer navegador compatível com HTML5, mas o Chrome é o mais recomendado. Clique aqui para acessar o site do The Wilderness Downtown.

´Escolhi não ter o dinheiro de Gates e Jobs´


Terça-feira, 31 de agosto de 2010 - 13h05



Divulgação
´Escolhi não ter o dinheiro de Gates e Jobs´
Torvalds, ao centro: ovacionado em São Paulo



SÃO PAULO - Em visita a São Paulo e ao Brasil pela primeira vez, o criador do Linux, Linus Torvalds, falou hoje a uma platéia de desenvolvedores e empreendedores da comunidade de software livre na abertura da feira LinuxCon, que acontece até amanhã na capital paulista.

Torvalds defendeu a adoção de aplicações abertas e pesquisas com software livre nas universidades brasileiras.

Ao falar sobre formas de ganhar dinheiro, Torvalds foi questionado por Jim Zemlin, diretor da Linux Foundation, sobre seus ganhos pessoais ao criar o Linux. “Você é uma pessoa tão importante para a indústria de TI como Bill Gates ou Steve Jobs, no entanto, não tem uma fração do dinheiro deles. Por que?”, questionou Zemlin.

“Esta foi uma escolha minha, escolhi não ter o dinheiro de Gates ou Jobs. Quando comecei a programar e criar o que seria o Linux fiz isso por diversão. Não podia imaginar, na época, que o sistema que inventei ganharia a importância que tem hoje”, afirmou Torvalds.

O criador do Linux disse ainda que, embora tenha trabalhado em outros projetos ao longo de sua vida, sua grande paixão é o Linux. "Eu me divirto ao mergulhar no kernel", disse Linus, que planeja aproveitar sua passagem pelo Brasil para praticar mergulho no litoral brasileiro.

Linus disse ainda que a comunidade brasileira é muito ativa e só não cresce mais em função de barreiras idiomáticas. "Há muitos programadores talentosos no Brasil que não falam ou leem inglês, o que prejudica sua integração na comunidade internacional Linux", disse.

A LinuxCon vai discutir até amanhã tendências em aplicações abertas para soluções de mobilidade, computação em nuvem e segurança de dados.

Além de Torvalds, vão palestrar no evento Jim Zemlin, Jane Silber, CEO da Canonical (a empresa que representa comercialmente a distribuição Ubuntu) e Ian Pratt, fundador do XenSource.

Fatos curiosos sobre o Google Brasil


google brasil Fatos curiosos sobre o Google Brasil
A Revista Época fez recentemente uma reportagem muito interessante sobre a "cultura de trabalho flexível, divertida e árdua" da gigante da internet, com destaque ao escritório do Google Brasil.
Veja alguns fatos que a revista destacou:
Saúde
A companhia oferece reembolsos de R$ 374 por consulta com médico fora do plano de saúde, R$ 145 para participar de grupos de caminhada, R$ 140 para aulas de pilates no escritório e R$ 100 para academia. É possível também fazer sessões de drenagem linfática por R$ 25 e de massagem por R$ 5 a R$ 10. Quem completa 30, 35, 38 e 40 anos ganha checkup grátis.
Tecnologia
Cada funcionário ganha R$ 112 como ajuda de custo para pagar a mensalidade da internet em casa. Ao ser admitido, o novato ganha um notebook da marca que escolher. No trabalho, incentivam-se todas as formas de comunicação, por texto, voz e vídeo. No Natal de 2009, toda a equipe ganhou smartphones equipados com o sistema operacional Android, do Google.
Indicações
O processo de seleção demora dois meses e é rígido. A empresa incentiva cada funcionário a indicar conhecidos. Se ele for contratado, quem fez a recomendação ganha R$ 5 mil. Mais da metade das contratações é feita com base em sugestões da equipe.
Brinquedos
O novato recebe em casa um kit de boas-vindas, com camiseta, boné e autorização para gastar R$ 100 na decoração da baia. Ele tem ainda R$ 250 para gastar na loja virtual da empresa, na compra de blusões, mochilas, cubos mágicos e camisetas.
Festas
O Google é uma empresa festeira. Um Comitê de Cultura e um comitê de diversão se encarregam de propor atividades diversas. Há noites de cinema, festas tradicionais e temáticas (como a Festa do Pijama). Em Belo Horizonte, as sextas-feiras são dias de happy hour dentro da empresa, como é tradição no Google ao redor do mundo. Em São Paulo, a festa ocorre às quintas.
Bônus
O Google tem bons salários fixos, opções de ações e forte cultura de remuneração variável. Além do bônus normal, baseado em metas, ganham-se prêmios por indicação de colegas do mesmo nível (o Peer Bônus, de R$ 200) e por recomendação proposta pelo chefe imediado (o Spot Bônus, de R$ 550 a R$ 28 mil). Há também premiações para os coordenadores e condecorações simbólicas.
Clique aqui para ler a matéria completa. Agradecimentos ao leitor Fábio Silva pela dica!
Foto: Ricardo Corrêa / Revista Época

Tecnologia brasileira desvenda segredos das obras de arte


Planeta Coppe Notícias - 31/08/2010

Tecnologia brasileira desvenda segredos das obras de arte
O sistema portátil de fluorescência de raios X é capaz de identificar a época em que uma obra foi pintada, a composição de cores utilizada pelo artista, a existência de retoques e até possíveis falsificações.[Imagem: Cisi/Coppe]




Raio X da arte
A imagem de São Sebastião do Rio de Janeiro, considerada a segunda obra de arte sacra mais antiga do Brasil, está pronta para começar a ser restaurada.
O trabalho será feito graças a uma tecnologia de ponta, um sistema portátil de fluorescência de raios X, desenvolvido pela pesquisadora Cristiane Calza, da Coppe/UFRJ, no Rio de Janeiro.
A técnica, que permite identificar os pigmentos usados na época da execução da obra, possibilitará a recuperação das características originais da peça trazida de Portugal para o Brasil em 1567 e entregue em 1842 pelo governo imperial aos cuidados dos frades capuchinhos, que a mantêm na igreja da ordem, na Tijuca.
Fluorescência de raios X
O sistema portátil de fluorescência de raios X é capaz de identificar a época em que um quadro foi pintado, a composição de cores utilizada pelo artista, a existência de retoques e possíveis falsificações.
Os dados são obtidos no próprio local onde a obra está instalada e de forma não destrutiva, já que o aparelho fica a alguns centímetros de distância do objeto de arte, eliminando assim riscos de danos e mantendo a integridade da obra.
Outra vantagem da técnica é a versatilidade. O sistema permite analisar vários tipos de amostras, como biológicas, ambientais, minerais e de arqueometria.
É possível identificar, por exemplo, além da composição, a procedência e o período histórico de artefatos arqueológicos, suas técnicas de manufatura e, ainda, revelar falsificações, a partir de uma análise dos elementos químicos que constituem os artefatos.
O sistema portátil é fruto de quatro anos de pesquisa, que resultou na tese de doutorado defendida por Cristiane, em 2007, no Programa de Engenharia Nuclear da Coppe, sob a orientação do professor Ricardo Tadeu Lopes.
Radiografia computadorizada
Associado à técnica de radiografia computadorizada, que contou com a colaboração dos pesquisadores da Coppe, Davi Oliveira e Henrique Rocha, o sistema portátil de fluorescência complementa as informações obtidas a partir das análises.
Além da precisão e rapidez na obtenção dos dados - itens valiosos para o restauro de uma obra -, o fato de o sistema ser portátil, dispensando a locomoção de um quadro como "Primeira Missa no Brasil", que mede 2,68 x 3,56 metros e está avaliado em R$ 6 milhões, foi um verdadeiro alívio em termos de economia e segurança para os dirigentes do museu.
"Grande parte das técnicas utilizadas, tanto no Brasil como no exterior, exige que a obra seja enviada a laboratórios ou locais específicos para ser analisada. Essa condição muitas vezes inviabiliza a realização do trabalho, seja no caso de um quadro de grandes dimensões ou de alto valor artístico-cultural que precisaria de todo um esquema especial de segurança e transporte," afirma.
Não é por acaso que o equipamento vem despertando grande interesse por parte de restauradores, dirigentes de museus e instituições de pesquisa, dentro e fora do País.
Tecnologia brasileira desvenda segredos das obras de arte
A imagem de São Sebastião do Rio de Janeiro, considerada a segunda obra de arte sacra mais antiga do Brasil, está pronta para começar a ser restaurada. [Imagem: Cisi/Coppe]
A eficiência da tecnologia - que possibilita identificar a época e a composição das cores de uma obra de arte, assim como posteriores retoques e possíveis falsificações -, aliada à praticidade do sistema portátil, que dispensa o deslocamento da obra, tem conquistado a preferência dos especialistas.
Teste de equilíbrio
O sistema desenvolvido por Cristiane, sob a orientação do professor Ricardo Tadeu Lopes, também foi recentemente aplicado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em dezembro de 2009, a pesquisadora analisou a pintura decorativa de Henrique Bernardelli, no teto das rotundas, e três painéis decorativos pintados por Eliseu Visconti no teto do foyer do teatro.
"Foi um teste de equilíbrio. Tive que subir com o equipamento na mão, por meio de escadas e andaimes, para analisar pinturas em locais com altura simular a de um prédio de três andares", conta a pesquisadora, em tom de brincadeira.
O altar da capela-mor do Convento de Santo Antônio, no Largo da Carioca, também passou pelo crivo do sistema de fluorescência de raios X.
Com base na análise dos pigmentos originais, Cristiane observou que a talha, originalmente recoberta com folhas de ouro, tinha sido recoberta com tinta comercial, o que facilitará o trabalho dos restauradores na recuperação do dourado original da peça.
Foram analisados também os pigmentos dos painéis pintados sobre madeira, nas paredes laterais e no teto da capela-mor, que retratam os milagres de Santo Antônio.
O sistema foi utilizado pela primeira vez na recuperação do quadro "Primeira Missa no Brasil", de Victor Meirelles, que faz parte do acervo do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA).
A proximidade com o universo da arte mudou a rotina da pesquisadora da Coppe. Hoje, sua agenda alterna entre dias dedicados ao laboratório, na Coppe e as imersões nos museus. Em junho deste ano, a pesquisadora voltou ao Convento de Santo Antônio, onde passou 15 dias aplicando a técnica em 13 imagens sacras do período barroco, que também serão recuperadas.

Som das estrelas ajuda na busca por planetas habitáveis


Com informações da NSF - 30/08/2010

Som das estrelas vai ajudar a procurar por planetas habitáveis
A sismologia estelar poderá abrir caminho para a observação da atividade magnética de centenas de estrelas, ajudando a avaliar novos sistemas solares com potencial de abrigar vida.[Imagem: Institute of Astrophysics of the Canaries (IAC)]




Sismologia estelar
Em uma tentativa de elucidar questões ainda misteriosas sobre o Sol, incluindo os impactos do seu ciclo de 11 anos sobre a Terra, uma equipe internacional de cientistas decidiu sondar uma estrela bem mais distante.
Ao monitorar as ondas sonoras emitidas pela estrela, a equipe observou um ciclo análogo ao ciclo magnético do Sol.
"Essencialmente, a estrela está tocando como um sino," diz Travis Metcalfe, coautor da pesquisa.
A equipe examinou as oscilações acústicas da estrela usando uma técnica chamada "sismologia estelar".
Os cientistas estudaram uma estrela conhecida como HD49933, que está localizada a 100 anos-luz da Terra, na constelação do Unicórnio.
Eles detectaram a assinatura de "manchas estelares", áreas de intensa atividade magnética na superfície da estrela que são semelhantes às manchas solares.
"Conforme ela se move através de seu ciclo, o tom e o volume dos sons se alteram em um padrão muito específico, deslocando-se para tons mais elevados com volumes mais baixos no auge do seu ciclo magnético."
Planetas habitáveis
A sismologia estelar poderá abrir caminho para a observação da atividade magnética de centenas de estrelas, ajudando a avaliar novos sistemas solares com potencial de abrigar vida.
Estudar muitas estrelas dessa forma vai ajudar os cientistas a entender melhor como os ciclos de atividade magnética podem variar de estrela para estrela, bem como os processos por trás de tais ciclos.
A sismologia estelar poderá ser especialmente útil para se entender os processos de atividade magnética que ocorrem dentro do Sol, inteiramente ligados à influência do Sol sobre o clima da Terra.
"Entender a atividade das estrelas que abrigam planetas é necessário porque as condições magnéticas na superfície da estrela podem influenciar a zona habitável, onde a vida poderia se desenvolver," o cientista Rafael Garcia, coautor do estudo.
A técnica também poderá permitir melhores previsões do ciclo solar e das tempestades geomagnéticas que resultam desse ciclo, fenômenos estes que podem causar grandes perturbações para as redes de distribuição elétrica e de comunicação.
Ciclos estelares
Para ouvir a estrela, os cientistas analisaram 187 dias de dados capturados pelotelescópio Corot, uma missão da qual o Brasil faz parte e cujo principal objetivo é encontrar exoplanetas.
O estudo descobriu que a HD49933 é muito maior e mais quente do que o Sol, embora seu ciclo magnético seja muito menor - pouco menos de um ano, em comparação com os ciclos de 11 anos do Sol.
O fato de outras estrelas terem ciclos magnéticos tão pequenos entusiasmou os astrônomos, que agora poderão monitorar ciclos completos das estrelas, usando tanto o Corot quanto o recém-lançado telescópio Kepler que, além de exoplanetas, também quer encontrar luas habitáveis em outros planetas.
"Quanto mais estrelas e ciclos magnéticos completos nós observarmos, mais poderemos colocar o Sol em perspectiva e explorar os impactos da atividade magnética sobre possíveis planetas girando ao redor dessas estrelas," concluem os cientistas.
Bibliografia:

CoRoT Reveals a Magnetic Activity Cycle in a Sun-Like Star
Rafael A. García, Savita Mathur, David Salabert, Jérôme Ballot, Clara Régulo, Travis S. Metcalfe, Annie Baglin
Science
27 August 2010
Vol.: 329. no. 5995, p. 1032
DOI: 10.1126/science.1191064

Robô com pés de lagartixa é um passo rumo a homem-aranha



Redação do Site Inovação Tecnológica - 31/08/2010
Robô com pés de lagartixa testa tecnologia para viabilizar homem-aranha
A tecnologia, já batizada de Z-Man, pretende fazer com que um homem adulto suba pelas paredes - e eventualmente até ande pelo teto - usando um adesivo semelhante ao das lagartixas. [Imagem: BDML/Stanford]




Pés grudentos
A equipe do professor Marcos Cutkosky, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, usou um adesivo inspirado nos pés das lagartixas para construir um robô que escala superfícies de vidro absolutamente lisas.
Os resultados foram tão promissores que agora eles pretendem usar a tecnologia para que pessoas possam escalar paredes e até andar pelo teto.
O Stickybot é capaz de escalar superfícies lisas graças ao material usado nos seus pés, inspirado no desenho intrincado dos dedos das lagartixas, que usam a atração molecular para andar pelas paredes e pelo teto.
Os robôs escaladores são alvo de intensas pesquisas devido ao grande número de usos práticos que eles podem alcançar. E os desafios são totalmente diferentes dependendo do tipo de superfície que o robô deve escalar. Por exemplo, subir uma parede de tijolos é totalmente diferente de subir por uma superfície de metal ou vidro.
"A menos que você use ventosas, que são lentas e ineficientes, a outra solução disponível é a utilização deadesivos secos, que é a técnica que a lagartixa usa," diz Cutkosky.
Dedos das lagartixas
O dedo do pé de uma lagartixa contém centenas de saliências chamadas lamelas.
No cume de cada lamela há milhões de pêlos, ou cerdas, que são 10 vezes mais finos do que um cabelo de um ser humano. Cada pêlo, por sua vez, divide-se em linhas menores, chamadas espátulas.
Essas extremidades bipartidas são tão pequenas (algumas centenas de nanômetros) que elas interagem com as moléculas da superfície por onde o animal está andando.
A interação entre as moléculas dos pêlos do dedo do pé da lagartixa e as moléculas das paredes dá-se por meio de uma atração molecular chamada força de van der Waals. Essa força é tão significativa que uma lagartixa pode pendurar e suportar todo o seu peso em um único dedo do pé.
Para se libertar, basta que o animal puxe seu pé na direção correta, e o pé se solta sem nenhum esforço - seu adesivo natural é uma espécie de adesivo direcional, que gruda fortemente em um sentido, e solta-se facilmente no outro.
Robôs com pés de lagartixa
Um adesivo direcional é interessante para um robô justamente porque quase não há dispêndio de energia para soltar os pés.
"Outros adesivos são como andar com um chiclete nos pés: você tem que pressioná-los contra a superfície e então você tem que fazer um esforço para soltá-los. Mas, com a adesão direcional, é como agarrar e soltar da superfície," disse Cutkosky.
Para tentar duplicar o efeito no pé do robô, os pesquisadores usaram uma espécie de borracha da qual se projetam minúsculos fios de plástico, fabricados a partir de um micromolde.
Os pêlos artificiais, também bipartidos, têm cerca de 20 micrômetros de diâmetro, cinco vezes mais finos do que um fio de cabelo humano - ou seja, o dobro dos pêlos dos pés das lagartixas.
Embora bem menos eficiente do que o adesivo natural das lagartixas, o material apresentou um desempenho suficiente para permitir que o Stickybot escalasse superfícies de vidro, painéis de madeira e metais pintados.
Homem lagartixa
Os pesquisadores agora pretendem fabricar seu adesivo direcional em dimensões maiores, permitindo seu uso por seres humanos.
A tecnologia, já batizada de Z-Man, pretende fazer com que um homem adulto suba pelas paredes - e eventualmente até ande pelo teto - usando um adesivo semelhante ao das lagartixas.
Cutkosky e sua equipe também estão trabalhando em um sucessor do Stickybot, uma versão capaz de fazer curvas durante a escalada - como o adesivo é direcional, fazer curvas exige que o pé do robô seja capaz de girar.
"O novo Stickybot no qual estamos trabalhando agora tem rotação nos tornozelos, algo que as lagartixas também têm," afirma Cutkosky. "Da próxima vez que você vir uma lagartixa descendo por uma parede, olhe cuidadosamente seus pés traseiros, eles vão estar virados para trás. Eles têm que estar, senão o animal vai cair."
Recentemente, pesquisadores da Universidade de Cornell, também nos Estados Unidos, criaram um adesivo desligável que poderá permitir andar pelas paredes - tanto robôs quanto humanos. Um estudante britânico também teve seu dia de fama como homem-aranha usando ventosas acionadas por aspiradores de pó.