segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Google TV: novidades anunciadas hoje. Entenda melhor a plataforma

Aplicativos, parcerias e até mesmo uma nova página dedicada ao serviço foram divulgados. Confira!
Segunda-feira, 04 de outubro de 2010 às 16h40
Google TV, plataforma que reúne programação de televisão com conteúdo web, foi anunciada oficialmente há cinco meses e agora chegaram algumas novidades para distribuição de conteúdo dentro da plataforma.
De acordo com o blog da Google TV, já existem parceiros trabalhando com a plataforma, mas muitos deles querem aumentar o conteúdo premium que é exibido na televisão.  Confira abaixo alguns dos parceiros da plataforma:
- Turner Broadcasting: detentora de canais como TBS, TNT, CNN e Cartoon Network
- NBC Universal: criou um aplicativo para a Google TV chamado de CNBC Real-Time que permite que o usuário acompanhe feeds de notícias enquanto estiver assistindo as notícias do mercado financeiro do CNBC.
HBO: vai permitir acesso a centenas de horas de programação no Google TV através do HBO GO.
- NBA: o aplicativo NBA Game Time irá possibilitar que o usuário acompanhe os resultados dos jogos em tempo real, além de visualizar os destaques de sua equipe favorita.
Além disso, provedores de conteúdo também estão em parceria com a plataforma para oferecer títulos de filmes e séries de tv sob demanada, como é o caso da Amazon Video on Demand, que oferece mais de 75 mil títulos para aluguel ou compra. Há também o Netflix, que permite assistir filmes e séries a qualquer hora, sem limite, diretamente da TV.
Sites de notícia, como o The New Yotk Times e USA Today, e de músicas, como o VevoPandora e Napster também estão na lista de parceiros. Além disso, redes sociais como o Twitter estão trabalhando junto com a nova plataforma do Google.
Os apps que estarão na Google TV podem ser conferidos no vídeo abaixo:


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Supervírus de computador ataca usina nuclear iraniana

Jonathan Fildes - BBC - 23/09/2010

Guerra cibernética
Um tipo de vírus de computador, dos mais sofisticados já detectados, pode ter como alvo infraestrutura iraniana de "alto valor", segundo especialistas ouvidos pela BBC.
A complexidade do malware Stuxnet, programa que permite o acesso remoto ao computador infectado, sugere que ele deve ter sido criado por algum governo nacional, de acordo com alguns analistas.
Acredita-se que o vírus seja o primeiro especialmente criado para atacar infraestruturas reais, como usinas hidroelétricas e fábricas.
Uma pesquisa da Symantec, empresa norte-americana de segurança informática, sugere que quase 60% de todas as infecções mundiais ocorrem no Irã.
"O fato de que vemos mais infecções no Irã do que em qualquer outro lugar do mundo nos faz pensar que o país era alvo", diz Liam O'Murchu, da Symantec.
O Stuxnet foi detectado por uma empresa de segurança de Belarus em junho, embora esteja circulando desde 2009 e vem sendo intensivamente estudado desde então.
Stuxnet
O Stuxnet, ao contrário da maioria dos vírus virtuais, não está conectado com a internet. Ele infecta máquinas Windows por meio de portas USB e pen drives usados para transportar arquivos.
Uma vez que infecta uma máquina da intranet, a rede interna, da empresa, o vírus busca uma configuração específica de um software para controle industrial feito pela Siemens.
O Stuxnet passa então a dar à máquina novas instruções "desligando motores, mexendo no monitoramento de temperaturas, desligando refrigeradores, por exemplo", diz O'Murchu.
"Nunca vimos este tipo de ataque antes", diz ele.
Se não encontra a configuração específica, o vírus permanece inofensivo.
Arma estatal
O Stuxnet impressiona pela complexidade do código usado e por usar muitas técnicas diferentes.
"Ele apresenta muitas tecnologias que não conhecemos", disse O'Murchu, que cita as formas de se manter escondido em pen drives e os métodos de infecção.
"É um projeto enorme, muito bem planejado e financiado", diz ele.
Sua análise é similar a de outros especialistas.
"Com as provas que temos, é evidente e provável que o Stuxnet seja uma arma de sabotagem direcionada, que contou com informações de membros da indústria", disse o especialista em Tecnologia da Informação industrial Ralph Langner em artigo publicado na internet.
"Não se trata de um hacker trabalhando no porão da casa dos pais. Ele tem uma quantidade incrível de códigos apenas para infectar outras máquinas", diz ele.
"Para mim, os recursos necessários para realizar um ataque destes apontam para um governo", diz ele.
Usina nuclear
Langner sugeriu que o Stuxnet pode ter atacado a usina nuclear de Bushehr.
O especialista afirma que uma foto supostamente tirada na usina sugere que esta usa sistemas da Siemens, embora "não configurados ou licenciados corretamente".
Outros especialistas especularam que o vírus pode estar atacando a usina de enriquecimento de urânio de Natanz. Mas O'Murchu e outros dizem que não há evidências de quais seriam os alvos específicos.
Um porta-voz da Siemens disse que empresa não comentaria "especulações sobre o alvo do vírus", afirmando que a usina iraniana foi construída por uma empresa russa, sem qualquer envolvimento de sua companhia.
"A Siemens deixou o país há quase 30 anos", disse ele.
O'Murchu apresentará um estudo sobre o vírus em uma conferência em Vancouver, Canadá, em 29 de setembro.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A revolução da língua - Dicionário e Tradução Online Gratuita


Sabe aquele site que seu professor passou para a sala pesquisar mais sobre a matéria que vai cair no exame final e ao acessá-lo você descobre que está todo em inglês ou outra língua que você nem imagina o que seja?! Pois tudo isso agora tem solução com o mais novo site de tradução da Babylon.

A Babylon coloca à sua disposição uma ferramenta de tradução totalmente online. É um tradutor automático, que você pode traduzir textos inteiros, frases ou palavras avulsas em mais de 800 pares de línguas. Com uma base de dados pesquisando em mais de 1,400 dicionários e glossários.

Com ele você pode achar as definições de palavras, traduções, dicionário de sinônimos e antônimos, e até mesmo termos técnicos.

Este site é uma iniciativa da Babylon para aqueles que não dispoem do programa de tradução da Babylon que é uma das ferramentas mais úteis para quem precisa realizar pesquisas, traduzir textos, ler ou escrever em seu computador, principalmente usado uma língua estrangeira.

Para aqueles que tem o programa Babylon instalado em seu computador, tudo o que você precisa fazer para traduzir ou definir palavras e frases, é clicar sobre elas e a tradução aparece imediatamente.




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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Brasileiros descobrem pista para estudar a gravitação quântica

Fabio Reynol - Agência Fapesp - 24/09/2010

Brasileiros descobrem pista para estudar a gravitação quântica
A gravitação quântica é um fenômeno cuja medição direta é impraticável porque ela ocorre em locais inacessíveis ao homem, como o interior dos buracos negros.[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
A medição direta dos efeitos da gravitação quântica é praticamente impossível. O motivo é que eles têm origem em locais inacessíveis ao homem, como em buracos negros. Além disso, seus efeitos são extremamente sutis.
Mas um grupo de físicos brasileiros desenvolveu um meio de estudar indiretamente um desses fenômenos, a flutuação da velocidade da luz.
Líquidos heterogêneos
A solução consiste em usar experimentos de propagação de ondas acústicas em fluidos com aleatoriedade, como em coloides, líquidos heterogêneos que contêm partículas ou moléculas de diferentes tamanhos em suspensão - o leite é um exemplo.
O trabalho foi realizado por Gastão Krein, do Instituto de Física Teórica (IFT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Nami Svaiter, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), e Gabriel Menezes, pós-doutorando da Unesp.
"Em uma conversa que tivemos com Svaiter, surgiu a ideia de que a propagação do som em fluidos coloides poderia apresentar efeitos similares aos da luz em ambientes nos quais a gravitação quântica seria relevante", disse Krein.
O encontro entre os físicos foi importante para a concepção da pesquisa, uma vez que Krein tem larga experiência em estudos com equações com flutuações aleatórias e Svaiter é especialista em gravitação quântica, tendo desenvolvido estudos de seus efeitos com Lawrence Ford, da Universidade Tufts, nos Estados Unidos.
Flutuações clássicas e quânticas
Flutuações em um fluido podem ser clássicas ou quânticas. O artigo demonstra que é possível usar microvibrações em coloides como uma plataforma para estudar a gravitação quântica. Segundo o estudo, os dois fenômenos são descritos por equações matemáticas similares.
Se trabalhos com coloides são comuns e conhecidos, o mesmo não se pode dizer do segundo fenômeno. Na gravidade quântica a velocidade da luz não é uma constante, como ensina a física clássica, mas flutua de um ponto a outro devido aos efeitos quânticos. Estima-se que esse tipo de gravidade esteja presente em buracos negros e tenha vigorado durante o Big Bang.
Outros experimentos já foram propostos para estudar a gravidade quântica, mas o trabalho dos brasileiros é o primeiro a contemplar o estudo das flutuações da velocidade da luz através das flutuações da velocidade de propagação de ondas acústicas em fluidos.
Segundo Krein, o mérito da pesquisa foi ter apontado um meio de simular em laboratório um fenômeno de observação não possível atualmente. "O comportamento das ondas sonoras ao se propagar em um meio aleatório, como os coloides, permite trazer para o laboratório efeitos análogos aos da gravitação quântica", disse.
Radiação Hawking
Krein e colegas pretendem usar os modelos com fluidos para estudar o equivalente a um buraco negro e como vibrações acústicas quânticas são criadas e destruídas próximo a essas formações no espaço.
Os físicos buscam compreender melhor o fenômeno conhecido como "radiação Hawking", prevista em 1973 pelo físico inglês Stephen Hawking. Segundo Hawking, os buracos negros encolhem com a perda de energia por meio dessa radiação.
Krein, Svaiter e Menezes procuram também grupos experimentais de pesquisa que investiguem fluidos e se interessem em fazer experimentos nessa área.
"Com um fluido, podemos controlar parâmetros do experimento, como a densidade e a concentração das partículas em suspensão, e, com isso, aprender como muda a propagação do som de maneira controlável no laboratório. Isso permitirá construir correlações dos resultados com o que ocorre na gravitação quântica", disse Krein.
Bibliografia:

Analog Model for Quantum Gravity Effects: Phonons in Random Fluids
G. Krein, G. Menezes, N. F. Svaiter
Physical Review Letters
20 September 2010
Vol.: 105, 131301
DOI: 10.1103/PhysRevLett.105.131301

LHC detecta fenômeno físico potencialmente desconhecido

LHC detecta interligações inéditas entre partículas

Imagem de uma colisão próton-próton captada pelo experimento CMS, que produziu mais de 100 partículas carregadas.[Imagem: Cern]
Interligação entre partículas
Depois de quase seis meses de operação, as experiências no LHC estão começando a ver "sinais de efeitos potencialmente novos e interessantes".
Nos resultados divulgados pelos cientistas do experimento CMS, um dos quatro grandes detectores do LHC, foram observadas correlações até agora desconhecidas entre as partículas, que foram geradas durante colisões próton-próton realizadas a uma energia de 7 TeV.
Uma centena ou mais de partículas podem ser produzidas durante as colisões próton-próton. Os cientistas do CMS, aí incluído um grupo de brasileiros, estudam essas colisões medindo as correlações angulares entre as partículas conforme elas se espalham a partir do ponto de impacto - a foto mostra um "mapa" de um desses espalhamentos.
As análises revelaram que algumas das partículas se espalham seguindo o mesmo ângulo, o que pode demonstrar que elas estão intimamente interligadas, de uma forma nunca antes vista em colisões de prótons.
Em busca das explicações
O efeito é sutil e muitos cruzamentos e checagens tiveram que ser feitas para confirmar que ele é real.
Segundo os cientistas, o efeito, para o qual eles ainda não têm uma explicação, se parece com aqueles observados nas colisões de núcleos no laboratório RHIC, localizado no Laboratório Nacional Brookhaven, nos Estados Unidos - vejaDescoberta antimatéria que cria nova tabela periódica e Descoberta partícula de antimatéria mais estranha já vista.
No entanto, durante uma apresentação feita pelos cientistas do CMS aos demais pesquisadores do CERN, eles destacaram que há várias explicações possíveis a serem consideradas.
A apresentação centrou-se em mostrar os resultados experimentais com o objetivo de promover uma discussão mais ampla sobre o assunto e, só então, apresentar explicações para essa "conexão" entre as partículas.
O LHC continuará acelerando e colidindo prótons até o final de outubro, acumulando mais dados que poderão ajudar a entender o fenômeno. No restante de 2010, o LHC irá colidir núcleos de chumbo.
Do que são feitos os quarks
Nessa nova etapa, será a vez do detector ALICE, otimizado para estudar colisões de núcleos. O principal objetivo do ALICE é estudar a matéria no estado quente e denso que teria existido apenas pequenas frações de segundo após o Big Bang.
Nesses experimentos, os cientistas esperam compreender como a matéria evoluiu para a matéria nuclear ordinária que compõe o Universo, sem sinais da antimatéria correspondente - presume-se que o Big Bang tenha criado quantidades iguais de matéria e de antimatéria.
Outro detector do colisor de partículas, chamado LHCb, recentemente detectou quarks excitados. Até agora acreditava-se que os quarks fossem os componentes mais básicos que formam todas as partículas conhecidas. Mas a presença de quarks excitados pode indicar que "subpartículas" estejam se rearranjando para alterar o estado de energia desses quarks.
O LHC, que é o maior laboratório científico do mundo, acelera partículas ao longo de seu anel de 27 km, arremessando-as umas contras as outras em busca de inúmeras respostas, mas de uma especificamente que parece desafiar o bom senso: de onde surge a massa das partículas - ou, dito de outro modo, o que faz com que a matéria seja matéria.
Nessa busca, contudo, ainda não foram encontrados nem mesmo "sinais potencialmente novos e interessantes". Por outro lado, em seu primeiro artigo científico, o LHC confirmou uma teoria do físico brasileiro Constatino Tsallis.
Bibliografia:

Observation of Long-Range Near-Side Angular Correlations in Proton-Proton Collisions at the LHC
CMS Collaboration
arXiv
21 Sep 2010
http://arxiv.org/abs/1009.4122

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Coerência. O pilar essencial do verdadeiro líder

Que o líder competente inspira pessoas comuns para atingir objetivos incomuns, não é nenhuma novidade. O que nem todos sabem é que antes de pretender liderar os outros, você precisa aprender a liderar a si mesmo.


A literatura - assim como a maioria dos programas de desenvolvimento de líderes - ainda enfatiza o uso de técnicas sobre como melhor comandar subordinados e como transformar nossas equipes em um time de alta performance. Só que ensinam, no máximo, a sermos gerentes mais eficientes da vida dos outros, não necessariamente a sermos líderes mais eficazes da nossa própria vida.

Sabemos que, ao liderar, desafiamos as pessoas a mudarem seus hábitos cotidianos, posturas, atitudes, comportamentos, modos de pensar. Enfim, a modificar a forma de encarar suas vidas. Mas, precisamos entender que a mudança começa dentro de cada um de nós. O líder, quando deseja mudar algo, deve começar a mudança em si. Deve inspirar pelo exemplo, não apenas pelo discurso.

Não se trata de uma questão técnica. Trata-se de um conjunto de atitudes, posturas, de algo intangível, mas bastante diferenciador na competência do líder. Para liderar a si próprio, cada um precisa ter uma clara percepção das suas competências e emoções, pontos fortes e fracos, necessidades, desejos e impulsos. Quem possui um elevado nível de autoconhecimento sabe o efeito que seus sentimentos têm sobre si mesmo, sobre as outras pessoas e sobre seu desempenho. Por exemplo, um líder que reconhece sua dificuldade em lidar com prazos muito curtos, planeja seu tempo cuidadosamente e delega tarefas com antecedência.

Quem se conhece bem sabe aonde quer chegar e por quê. Assim, é capaz de recusar uma oferta de trabalho financeiramente tentadora, se isso for contra seus princípios ou não se alinhar com seus objetivos de longo prazo. Por outro lado, quem não se conhece adequadamente acaba tomando decisões que geram insatisfação interior por ferirem valores profundos. E, certamente, isso afetará de forma negativa a maneira como irá liderar os outros.

Quem se conhece, admite seus fracassos com franqueza e até relata essas situações com naturalidade. Essa é uma forte característica dos que sabem liderar a si próprios, pois não necessitam fingir todo o tempo, nem tentam ser o que não são. Outra característica é a autoconfiança; aposta em seus pontos fortes, mas sabe pedir ajuda, se necessário.

Outro ponto importante para quem pretende liderar sua vida tão bem quanto pretende liderar os outros: aprender a exercer a liderança de forma coerente nas várias dimensões da vida - no escritório, em casa, na escola, na comunidade. A liderança não ocorre apenas quando estamos no trabalho. Muitos exercem o papel de líder apenas quando estão no seu ambiente formal e se comportam de modo completamente diferente - às vezes até antagônico - em outras circunstâncias da vida. Defendem certas posições e valores quando estão com o crachá das suas organizações, mas têm outras atitudes quando estão em casa ou em situações do cotidiano.

Recentemente, um alto executivo de uma grande empresa me relatou que sua filha que o acompanhava em uma viagem percebeu quando ele tentava "furar" uma longa fila para o check-in no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Na frente de todos, a jovem exclamou: "Papai, você é um líder apenas quando está engravatado no escritório. Lá todos falam que você defende valores de integridade, transparência etc. Deveria ter o mesmo comportamento também em casa e aqui no aeroporto!"

De forma emocionada, sumarizou seu aprendizado: "Preciso ser um líder 24 horas por dia e não apenas um líder meio turno." Perceber, mesmo a duras penas, a mudança que precisa promover em si mesmo é o primeiro e belo passo para aumentar sua capacidade de liderar outras pessoas.

César Souza (Presidente da Empreenda, empresa de consultoria em estratégia, marketing e recursos humanos, além de autor e palestrante. Texto baseado no seu novo livro Cartas a um Jovem Líder. Para saber mais, visite (www.cartasaumjovemlider.com.br )

FONTE: HSM 23.09.2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Teatro em klingon? Robôs cantando? Conheça as duas óperas nerds que vão ganhar o mundo


Cláudia Fusco 14 de setembro de 2010

Essa é uma boa notícia para você, caro leitor, que está cansado dos velhos remixes de músicas famosas adaptadas para o mundo nerd. Essa é para você que procura o lado mais refinado das coisas nesse mundo tão cheio de possibilidades geeks. Essa é para você que gosta de ópera (e de nerdices também – só para reforçar a ideia).

Klingon Opera (1)


O vídeo não é dos melhores (esse aqui, na verdade, é bem mais legal, mas o “embed” dele foi desabilitado… puh’takh!) Semana passada, os Estados Unidos acolheram a inacreditável apresentação de “u”, a primeira ópera interpretada em… klingon (com alguns trechos em inglês, para o deleite dos iniciantes nessa língua). A peça, cujo nome significa “universo” no idioma criado na série Star Trek, narra a trajetória épica de Kahless, o Inesquecível, uma espécie de figura messiânica entre o povo Klingon. Em turnê pelos EUA e na Europa, a próxima parada de “u” será a Alemanha, no dia 25 de setembro. E sim, ainda dá para garantir lugares. Dá para saber mais no site oficial da apresentação.
Agora, se klingon não é exatamente o seu forte, há uma opção mais legal (e igualmente nerd) para o seu divertimento. 

Opera Stars Robot Performers


Depois de dez anos de preparação, o professor do MIT Tod Machover, juntamente com 60 alunos e voluntários, conseguiu emplacar a ópera Death and the Powers, que mistura cantores humanos e robóticos. Sim, você leu certo: um coro de nove robôs gigantes, além de um cenário eletronicamente animado, acompanharão a cantoria clássica. A estreia da ópera acontecerá em Mônaco, no dia 24 de setembro, e deve chegar aos Estados Unidos em março do ano que vem.
Confesso que fiquei bem tentada a ver o que o pessoal do MIT andou aprontando. Quem aí anima uma caravana?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

IBM dá curso gratuito de inglês a distância


SÃO PAULO - A IBM Brasil oferece um curso gratuito de inglês a distância, voltado especificamente a estudantes e profissionais de TI.

Dia do Programador - 13 de setembro

programador
O Dia do Programador é uma data festiva comemorada no 256º dia do ano, celebrada por programadores em todo o mundo. Esta é uma data significativa para programadores porque 256 é igual a 28  (2 elevado à 8ª potência), e 8 é o números de bits de um byte.
O Dia do Programador geralmente cai 13 de Setembro, exceto em anos bissextos, quando ele é comemorado no dia 12 de Setembro.
Mundo afora  a tradição inclui comportar-se de forma boba, editar a Wikipedia, desenvolver códigos idiotas, jogar jogos de computador, brincar com velhoscomputadores etc.
No Brasil a tradição ainda não existe, mas a data já aparece em spams e e-mails, fazendo com que a leitura de algum spam também seja parte da celebração. Além disso, no meio acadêmico a data deve proporcionar um encontro dos primeiros programadores locais com os atuais, promovendo palestras e minicursos de linguagens antigas, como Assembly, Cobol e Fortran, para que suas sintaxes não sejam esquecidas.
Conversar sobre programação com quem não entende nada e assistir a filmes apreciados por programadores como Guerra nas Estrelas e Matrix também devem fazer parte dessa celebração.


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O cérebro fala: Sinais neurais são convertidos em palavras

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/09/2010

Implante neural converte sinais cerebrais em palavras
Esta é uma foto do experimento real, mostrando dois tipos de eletrodos postos sobre o cérebro de um paciente que sofre de epilepsia grave.[Imagem: University of Utah Department of Neurosurgery]
Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, conseguiram pela primeira vez traduzir sinais do cérebro em palavras.
O experimento, utilizando dois implantes neurais inseridos diretamente sobre o cérebro de um paciente, é um primeiro passo rumo à possibilidade de que pessoas paralisadas comuniquem-se usando suas próprias palavras, eventualmente sintetizadas por um computador.
Implantes cerebrais
"Conseguimos decodificar palavras usando somente sinais do cérebro, com um dispositivo que potencialmente poderá ser utilizado a longo prazo em pacientes paralíticos incapacitados de falar," diz Bradley Greger, professor de bioengenharia e membro da equipe que está fazendo os experimentos.
Apesar dos experimentos comimplantes cerebrais estarem sendo feitos há vários anos, o método invasivo ainda encontra problemas, sobretudo com rejeição, o que leva os pesquisadores a salientarem que ainda serão necessários alguns anos de pesquisas para que se possa chegar a testes clínicos em larga escala.
Os implantes cerebrais - duas grades de microeletrodos com 16 sensores cada um - foram inseridos diretamente sobre o centro cerebral da fala de um voluntário com graves crises epilépticas.
O homem no qual foram feitos os testes estava sendo submetido a uma craniotomia - a remoção parcial e temporária do crânio - para a colocação de eletrodos convencionais que pudessem detectar a fonte de suas convulsões, na tentativa de interrompê-las cirurgicamente.
Sinais do cérebro em palavras
Implante neural converte sinais cerebrais em palavras
Uma imagem por ressonância magnética (MRI) do cérebro do paciente é sobreposta com a localização dos dois tipos de eletrodos usados: os quadrados vermelhos mostram a localização dos microimplantes usados no experimento de interpretação da fala. [Imagem: Spencer Kellis, University of Utah]
Aproveitando a cirurgia, os cientistas implantaram também os microeletrodos. Com o paciente já acordado, eles registraram os sinais cerebrais quando o paciente repetia cada uma de 10 palavras consideradas úteis para uma pessoa com paralisia total: sim, não, quente, frio, fome, sede, olá, adeus, mais e menos.
Mais tarde, eles tentaram descobrir quais sinais cerebrais representavam cada uma das 10 palavras. Quando compararam quaisquer dois sinais do cérebro, os cientistas foram capazes de distinguir os sinais cerebrais correspondentes a cada palavra com grande precisão: 76% no caso da palavra "sim" e 90% no caso palavra "não", por exemplo.
Quando eles analisaram todos os 10 padrões de sinais cerebrais ao mesmo tempo, algo essencial para um sistema prático, conseguiram identificar as palavras com um índice de correção entre 28% e 48% - um pouco melhor do que o mero acaso, que seria de 10%, mas ainda insuficiente para um aparelho que pretenda traduzir pensamentos de uma pessoa paralisada em palavras faladas por um computador.
"Esta é uma prova de conceito," afirma Greger. "Nós provamos que esses sinais podem dizer o que a pessoa está expressando bem acima do mero acaso. Mas precisamos ser capazes de identificar mais palavras com mais precisão antes que se torne algo que um paciente realmente ache útil."
Com os necessários avanços, os pesquisadores vislumbram no futuro um equipamento sem fios que possa converter em palavras os pensamentos de pacientes paralisados por derrames, acidentes, esclerose lateral amiotrófica etc.
Microeletrodos cerebrais
Implante neural converte sinais cerebrais em palavras
O implante neural consiste em uma matriz de 16 microeletrodos, com um espaçamento de 1 milímetro, instalados sobre uma base de silicone. [Imagem: Spencer Kellis, University of Utah]
O experimento utilizou um novo tipo de implante neural cujos microeletrodos se apoiam sobre o cérebro sem perfurá-lo. Esses eletrodos são conhecidos como microECoGs, porque são uma versão miniaturizada dos eletrodos usados em exames de electrocorticografia, ou ECoGs, desenvolvidos há mais de 50 anos.
Para o tratamento de pacientes com crises epilépticas graves e não controladas por medicação, os cirurgiões removem parte do crânio e colocam uma base de silicone contendo eletrodos ECoG sobre o cérebro. Esses eletrodos ficam lá durante dias ou semanas, com o crânio apenas colocado no lugar, sem ser fixado.
Apesar de não penetrar no cérebro, os eletrodos ECoGs são sensíveis o suficiente para detectar atividades elétricas anormais, permitindo que os cirurgiões localizem e retirem uma pequena porção do cérebro que está causando as convulsões.
O próximo passo da pesquisa será testar implantes com um número maior de eletrodos, com um menor espaçamento entre eles, de forma a aumentar a resolução dos sinais cerebrais captados.
Em vez dos 16 eletrodos do implante atual, os pesquisadores estão construindo uma grade com 121 eletrodos, dispostos em uma matriz de 11 por 11.
Bibliografia:

Decoding spoken words using local field potentials recorded from the cortical surface
Spencer Kellis, Kai Miller, Kyle Thomson, Richard Brown, Paul House, Bradley Greger
Journal of Neural Engineering
October 2010
Vol.: 7 056007
DOI: 10.1088/1741-2560/7/5/056007