
Os 10.000 neurônios digitais já estocados pelo projeto correspondem a uma coluna neocortical, emaranhado de células do tamanho de uma cabeça de alfinete que existe no cérebro de todos os mamíferos. Um milhão dessas estruturas formam o neocórtex cerebral humano. A escolha dessa porção do cérebro para a pesquisa não foi aleatória. As colunas neocorticais estão envolvidas em vários processos fisiológicos, entre eles a visão, a audição, o raciocínio abstrato e a criatividade. "São cérebros em miniatura", define Markram. Para a montagem da coluna neocortical digital, os cientistas usaram cérebros de ratos. Os impulsos elétricos dos neurônios dos roedores são enviados através de sensores ao supercomputador, que os replica em forma digital. O cérebro artificial de Lausanne já simula a troca de sinais elétricos, mas não a complexa interação química entre os neurônios. Segundo os pesquisadores, isso será feito mais à frente.
Para tocarem o projeto, os cientistas apostam no desenvolvimento de chips cada vez mais possantes. Hoje, o supercomputador usado no projeto tem o tamanho de quatro geladeiras colocadas lado a lado. Com a tecnologia atualmente disponível, para digitalizar os 100 bilhões de neurônios do cérebro seria preciso um computador do tamanho de quatro estádios do Maracanã. O desenvolvimento de máquinas que reproduzam a inteligência, capazes de raciocinar por si próprias, é um antigo sonho do ser humano – e também um de seus pesadelos recorrentes. Quando a ficção científica trata da inteligência artificial, quase sempre ela se volta contra os humanos que a criaram na forma de robôs insubordinados – como no filme Eu, Robô, do diretor Alex Proyas – ou de computadores rebeldes, caso de HAL 9000 no clássico 2001 – Uma Odisséia no Espaço. A psicologia explica que essa vilania atribuída pelo homem às máquinas que pensam é resultado do temor inconsciente de que um dia elas o substituam. Os cientistas de Lausanne, aparentemente, não sofrem dessa síndrome.
Para tocarem o projeto, os cientistas apostam no desenvolvimento de chips cada vez mais possantes. Hoje, o supercomputador usado no projeto tem o tamanho de quatro geladeiras colocadas lado a lado. Com a tecnologia atualmente disponível, para digitalizar os 100 bilhões de neurônios do cérebro seria preciso um computador do tamanho de quatro estádios do Maracanã. O desenvolvimento de máquinas que reproduzam a inteligência, capazes de raciocinar por si próprias, é um antigo sonho do ser humano – e também um de seus pesadelos recorrentes. Quando a ficção científica trata da inteligência artificial, quase sempre ela se volta contra os humanos que a criaram na forma de robôs insubordinados – como no filme Eu, Robô, do diretor Alex Proyas – ou de computadores rebeldes, caso de HAL 9000 no clássico 2001 – Uma Odisséia no Espaço. A psicologia explica que essa vilania atribuída pelo homem às máquinas que pensam é resultado do temor inconsciente de que um dia elas o substituam. Os cientistas de Lausanne, aparentemente, não sofrem dessa síndrome.
Fonte: Revista Veja.
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